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sexta-feira, 4 de março de 2016

Sou forte, estou vivo



Inimigos ocultos
tentaram me destruir
e não conseguiram.

Esqueceram de mim
Sobrevivi,
um fracote, mas vivo.

Escapei da fome
da catapora e varicela
da febre e da favela.

Do crack e maconha
da bala perdida
do esgoto da cidade.

O frio não me matou
quando dormia
no banco da praça.

O chão frio da rodoviária
Não consumiu
Meu pulmão.

Nos albergues
ao invés de me perder
me encontrei.

Me escapei do frio intenso
das bitucas acesas
jogadas pelos transeuntes.
(como gostaria de chamá-los de burros.)

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