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sexta-feira, 25 de março de 2016

Provérbio do novo século – parte II



Não adianta reclamar

                Eu tinha um amigo calheiro que tinha um fusca 68. Ele passava a maior parte do tempo fora de casa, por causa do seu oficio. Certo dia foi surpreendido por ladrões. Do portão de casa avistou rapazes saírem correndo, deixando os pertences caídos pelo chão.
                Meu amigo ainda pode gravar na mente a fisionomia de um deles e imediatamente lembrou tratar-se de alguém que morava por perto. Não teve dúvidas. Não mexeu e impediu que alguém tocasse nas coisas deixadas pelos ladrões, embora fossem suas essas coisas.
                A polícia chegou, fez vários apontamentos, pericia daqui e de lá, e resolveu levar todas aquelas coisas para melhor periciamento. Meu amigo chegou à delegacia primeiro que a viatura de policiais.
                Horas depois o delegado informou que os supostos assaltantes seriam investigados. Inconformado, meu amigo questionou o delegado:
                - Mas, e minhas coisas? Onde estão?
                O delegado respondeu:
                - Aqui não temos coisa alguma do senhor.
                Meu amigo insistiu, esbravejou e o delegado ficou furioso.
                Duas horas depois, meu amigo chegou em casa cabisbaixo com cara de pamonha. Perdeu os aparelhos de TV, computador e rádio e ainda teve que pagar uma taxa ao delegado para não ir preso por desacato a autoridade.

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