Num recinto muitas
pessoas em pé
uma marcou a poltrona
eu não soube porquê.
O Padre falava sobre
igualdade
o poeta um canto de paz
e a poltrona continuava
vazia.
Num canto uma mesa com
flores de plástico
o alarido e o êxtase de
pessoas estáticas
celebram a autoridade
que passa
ao lado da cadeira
vazia.
O professor concentrado
na fala aos estudantes
sua mente vagueia
noutras dimensões
quando vê por cima dos
óculos
uma cadeira vazia.
Em todo lugar há o que
aplaudir
tem pessoas de pé
e um assento marcado.
Um ônibus feito doido
na via principal
passageiros sobem e
descem, e seguem,
assim ou assado, de pé,
frente de uma cadeira
vazia.
Onde estará ele ou
ela?
Quem falta nesse lugar?
Não sei quem é, mas
o seu lugar está
marcado!
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