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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Para o meu amor



Sabe querida,
Eu não sou um bom compositor
Mas resolvi declarar o meu amor
Somos felizes, nenhuma parte sente dor.


Veja amor,
Fico muito triste vendo a massa angustiada
Que saem as ruas invadem praças e calçadas,
Depois retornam a viver a vida inacabada.


Olha amor,
Eu entreguei minha vida à multidão
Que esbravejou muitas vezes sem razão
Mas não adianta, é seu meu coração.


Sabe amor,
Fui operário, boia-fria e outros mais,
Tive calos grossos como pele de animais
Enriqueci muito doutor cortando canaviais.


Olha amor,
Não há outro jeito, tenho que me unir aos companheiros,
Fazer poesia, bater panela, incomodar os fazendeiros
Não se vender de novo pra aquela gente do dinheiro.


Meu amor,
Infelizmente é tão comum a minha rima
E comum é nossa vida, é nossa sina,
Viver unidos como menino e menina.


Meu amor,
Dezesseis anos de casado e muitas felicidades
Mas a sociedade, ela não nos ama de verdade
Ela nos pune por amar e querer igualdade.


Minha querida,
Agora sou poeta, cronista e servidor,
Estou unido a mulheres e homens de valor
Que na arte libertam-se da angustia e da dor.

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